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A volta ao passado com tecnologia digital. Fazer o mesmo, mas rápido e mais barato. A competição de guerrilha pela sobrevivência no mercado.

A identidade “4.0”, me fez refletir o livro “40 tons de cinza” não pelo conteúdo, mas pela reverberação exponencial e global, no que se assemelham. Não sou adepto de conceitos que se multiplicam em um “efeito manada”, quanto maior a divulgação, maior a dispersão do fundamento original. Revistas, artigos e publicações de toda ordem se multiplicam em torno do tema, que, na maioria, distorce ou modifica os fatos concretos.

INVENÇÕES – INOVAÇÕES – REVOLUÇÕES

Precisamos sempre tem em mente que a inteligência (exclusiva do ser humano) é um processo de evolução contínua, e geometricamente exponencial. Uma viagem ao passado mostra que a curiosidade virou ciência lá pelo século 12, milhares de anos depois que o homus erectusdominou o fogo e mudou seus hábitos alimentares (talvez a que foi a disruptura pré-histórica). E de verdade, a primeira invenção que separou o “homem do macaco” (afirmação livre minha) foi a “Roda”. Essa permitiu acelerar a expansão territorial dando início aos povos que mais tarde tornariam os países.

Quantas invenções já ocorreram e que, de fato mudaram o rumo da humanidade? Muito mais de que a tal 1.0 (do vapor) dada como partida para chegar na revolução 4.0. O que, de fato, é mais importante? As invenções ou suas consequências? Caso do vapor que mudou a forma de produzir e de transportar. Ou a energia elétrica (dada como 2.0) que mudou o habito da alimentação com a inovação das geladeiras elétricas. Ou o ancestral telégrafo sem fio que revolucionou a comunicação. Assim, toda revolução da humanidade é resultado das inovação produzida pelas invenções.

FUNDAMENTOS VERSUS INTERPRETAÇÕES

Historicamente a ciência é oriunda das pesquisas acadêmicas. E isso ocorre desde a idade média na Europa (lembrar que os habitantes das américas eram indígenas e a distancia dos territórios asiáticos não permitiam troca com as ciências milenares dos chineses e japoneses).

Com a evolução industrial, Pesquisa e Desenvolvimento também passou a ser missão das diferentes indústrias que no século 20, de verdade colocou a humanidade na plenitude do prazer (comer alimentos novos, viajar mais rápido e com conforto dos aviões) da saúde, (amenizar seus males com medicamentos modernos) e do convívio social até chegar na aldeia global padronizada com “usos e costumes” disseminados pela televisão a cabo graças ao genial (percebem que de tempos em tempos surge um gênio que muda o mundo?) Steve Jobs que teve a ousadia de cruzar a tecnologia do celular com a tecnologia da internet, e nasceu o filho Smartphone = Iphone. A ultima inovação de verdade.

Ocorre que, em paralelo das ciências acadêmicas, também surgiram inovações, especialmente na “Gestão e Administração”. Aqui surgiu de fato a “Logística Empresarial”, em 1986 (não é tão nova como muitos pregam, e nem tão simples como muitos falam).

Fundamento da Logística: “Logística é parte integrante do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management) que Planeja, Implementa e Controla de forma efetiva e eficiente todo fluxo avante e reverso, bem como armazenagem de bens (matéria prima, insumos, material em processo e produtos acabados), serviços e informações relacionados, desde os pontos de origem aos pontos de consumo para atender os requerimentos dos clientes(www.cscmp.org).

Fundamentos do SCM: “Supply Chain Management (SCM) engloba o planejamento e gerenciamento de todas as atividades envolvidas em Suprimentos, Compras, Produção e Logística. Também inclui a integração colaborativa com todos os parceiros comerciais dos canais incluindo fornecedores, intermediários, operadores logísticos e clientes. SCM é uma função de integração dos processos de negócios dentro de uma organização que também inclui as atividades de Marketing, Vendas, Finanças e Tecnologia de Informação(www.cscmp.org).

Revista Mundo Logística – Edição 61 – Nov/Dez 2017