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Espremidos entre a pressão por performance com custos cada vez mais baixos e uma legislação engessada, os operadores logísticos buscam alternativas legais para atender aos picos mensais de movimentação do mercado sem problemas com a mão-de-obra.

Página 5 – Sindicato de Operadores

Para o consultor em Logística José Geraldo Vantine, a legislação trabalhista é uma dor de cabeça mensal para os operadores da área. “Ela é ultrapassada, protecionista e altamente intervencionista. Não é boa para ninguém. O mundo mudou e o Brasil continua na mesma. O desemprego contabilizado oficialmente não corresponde à realidade. Há um crescimento contínuo de emprego informal. Vivemos sob o lema do me engana que eu gosto”, declara.

Segundo ele, a situação não mudará tão cedo, porque os sindicatos ganham com isso. Vantine lembra que a legislação americana permite às empresas fechar contratos individuais diretamente com os profissionais ou com suas associações, que ainda treinam a mão-de-obra e dão mais garantias aos contratantes.

O consultor aponta outro fator que concentra a distribuição de mercadorias no final de cada mês: as datas para recolhimento de tributos, principalmente o ICMS. “Para resolver isso, basta usar a tecnologia para que a Receita seja informada dia da emissão das notas”, sugere.

Vantine, também é taxativo. “A regra hoje é estar fora da regra. O operador logístico necessita de 20% a mais de mão-de-obra no final do mês e precisa equacionar esta flexibilidade com a confiabilidade na entrega. Na indústria, a solução é criar times que são acionados somente nos picos, mas cujos integrantes t~em outras atividades ao longo do mês. Mas os operadores logísticos não tem outra função. Por isso, eles precisam se organizar como gente grande. Já é hora de criar uma associação patronal para este setor que movimenta quase 20% do PIB.

Tecnologística on line – Abril/2006 – Ano XI – nº 125

http://www.tecnologistica.com.br/site/5,1/26,13653.asp