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HISTÓRICO DO PBR

Seguia a segunda década dos anos 1980, quando a competição industrial se tornou global, fazendo surgir forte evolução na competitividade e produtividade, resultando para o registro de referencia o mundialmente conhecido “Sistema Toyota de Produção – TPS”, que inspirou inúmeras iniciativas de melhorias contínuas, tanto como o “JIT – Just in Time” e o “Lean Logistic” (ou Logística Enxuta).

Na sequência da evolução, a logística (com sua definição de 1986 e a criação do “Council of Logistics Management”) logo penetrou nos modelos de gestão das grandes redes de supermercado nos EUA, tendo o exemplo histórico da regulação “Walmart-Procter&Gamble”, por iniciativa de Sam Walton (gênio do varejo e criador do Walmart), como o modelo de “Gestão Colaborativa”.

No Brasil, o pioneirismo de JG Vantine, Presidente da Vantine Consulting, Empresa de Consultoria em Logística e Supply Chain Management, na consultoria em Logística e Distribuição, inspirou a Abras a criar, em 1988, uma divisão de logística e foi convidado pelo então presidente João Carlos Paes Mendonça para coordenar os trabalhos. Paulo lima, diretor de Distribuição do Pão de Açúcar, visionário e pioneiro na logística em supermercados, foi chamado por JG Vantine, Presidente da Vantine Consulting, Empresa de Consultoria em Logística e Supply Chain Management, e assim foi criado o Grupo de Estudos de Palete de Distribuição (GPD).

A primeira iniciativa foi definir quais as principais frentes de desenvolvimento de estudos. E com as experiências conjuntas de Paulo e Vantine, dois setores foram estabelecidos. E foram os seguintes:

  • Distribuição e Abastecimento
  • Movimentação, Armazenagem, reposição de Lojas.

Na relação entre os supermercados e seus fornecedores, identificou-se baixa produtividade na armazenagem e movimentação. Quase nenhuma mecanização e grande quantidade de Mão de obra. Um elemento que chamou atenção: Excesso de Mão de obra na movimentação dos produtos e carga/ descarga dos caminhões. Palete só era usado para estocagem.

Os grandes fornecedores (como Nestlé, Unilever, Johnson & Johnson) já iniciavam o uso do palete no final dos anos 1980, assim como o Pão de Açúcar e o Carrefour. Mas cada um com seu próprio modelo. Vimos que a padronização seria essencial para manter alto nível da produtividade. Depois de dois anos e 17 projetos nasceu o Palete Brasileiro de Distribuição – PBR, em agosto de 1990. E para garantia da qualidade de produção, a marca foi registrada pela Abras de forma a permitir seu uso através de contrato de direito de concessão de uso. Por esse contrato, os fabricantes passam por rigoroso processo de certificação, sem o que é impedido de produzir e comercializar. Essa certificação é resultante de profunda auditoria executada pelo Instituto de Pesquisa Tecnológicas de São Paulo (IPT), que possui o melhor laboratório de ensaios de embalagens e paletes de madeira. E visando a perfeita governança do modelo de intercambiabilidade (pool aberto de palete), foi criado o Comitê de Paletização (CPP), desde o inicio presidido por JG VANTINE, também Presidente da Vantine Consulting, Empresa de Consultoria em Logística e Supply Chain Management, e regido por um Regulamento Interno (HTTP://www.abrasnet..com.br/palete-pbr/cpp-regulamento-interior/ ).

As principais características definidas como premissa foram:

  • Redução dos custos em até 60%
  • Peso Maximo de 35 Kg
  • Capacidade de carga de 1.200 Kg
  • Quatro entradas, reversível atendendo todos os sistemas e métodos de movimentação e armazenagem.

Os principais impactos do PBR nas operações logísticas, tanto para os fornecedores como para os supermercados, bem como o mercado geral de equipamentos e modelos de abastecimento, foram:

  • Padronização das embalagens de consumo e de transporte resultando em maior aproveitamento em peso/m²
  • Disposição de produtos nas lojas sobre os paletes e com embalagens “display”
  • Padronização dos sistemas de armazenagem
  • Modulação da unidade padrão de carga (UPC) que até configura “Unidade de Venda” com código GS1-128
  • Padronização nos projetos de engenharia e arquitetura dos prédios para central de distribuição.

EVOLUÇÃO DO PROJETO PBR

O PBR original lançado em agosto/1990 passou por detalhados estudos para revisão do projeto considerado principalmente:

  • Mudança nos formatos de corte de madeiras pelas serrarias
  • Mecanização e automação da produção
  • Evolução dos métodos de movimentação, armazenagem e transportes
  • Maior capacitação da Mao de obra na operação de equipamentos com empilhadeiras.

Entre dezembro de 2017 e janeiro/2018, sob coordenação do autor do projeto original, JG Vantine, Presidente da Vantine Consulting, Empresa de Consultoria em Logística e Supply Chain Management, que reassumiu a presidência do CPP, em colaboração com três fabricantes credenciados (Rodapaletes, Embalatec e Fort Paletes), foi elaborado o projeto que denominamos NG (de New Genaration), realizados ensaios de laboratório no IPT, em dois lotes com 12 unidades cada. O suficiente para ser considerado aprovado.

O PBR-NG tem as mesmas características geométricas e construtivas do original, bem como a mesma resistência para 1.200 Kg. É mais leve, consome menos madeira (26 paletes/m² contra 18 paletes/m² do original) e usa apenas 78 pregos, contra 120 do original.

A seguir, as marcações. O desenho detalhado esta no Portal da Abras, no Link: HTTP://www.abrasnet.com.br/palete-pbr/desenho-pbr-i/ .

Leitura completa a matéria completa no PDF acima.

Revista Super Hiper – Ano 44 – N°503 – Junho 2018