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A Logística brasileira ainda enfrenta sérios desafios, particularmente em infraestrutura, tecnologia, gestão e formação de mão de obra capacitada. Mesmo assim, houve evolução, com a maior capacitação dos Operadores Logísticos e a melhora dos níveis de serviços.

Para José Geraldo Vantine, diretor geral da Vantine Consulting, empresa de Consultoria na área de Logística e Supply Chain, explica que no Brasil são três os vetores da logística : Gestão, Operação e Infraestrutura.

É pela órdem, na questão da gestão dos processos logísticos. essa década trouxe grande evolução, pois a cada dia as empresas estão entendendo que a visão sistêmica da logística com o Plano de Vendas (Supply Demand), o planejamento da produção e o nível de serviços (principalmente aderência do prazo de entrega) é o caminho certo para competir no mercado, tanto de produtos de consumo como de suprimentos, e isso está sendo traduzido por redução dos preços e pela satisfação dos clientes. A Operação Logística também teve uma evolução considerável, destacando-se a maior preocupação com o desenho dos processos, a implantação de indicadores de desempenho e um crescimento substancial e maduro nas operações terceirizadas. No entanto, na questão de infraestrutura, o Brasil esta devendo muito e está perdendo a competitividade até para países de menor representatividade global, fruto da péssima política do governo Lula, que privilegiou o social em detrimento da evolução econômica, que pressiona por melhores condições de portos, aeroportos e rodovias, hoje responsáveis pela baixa eficácia no comércio internacional.

sobre os outros países, Vantine diz que não houve grandes alterações nessa década, “pois o mercado global continua demandando pelo hemisfério norte (80% do comércio internacional). A tecnologia da informação que teve o grande crescimento na década anterior não apresentou inovações que mereçam destaque, mas sim evolução do que foi desenvolvido antes. O destaque mundial foi para a evolução do transporte marítimo, com a introdução de nova modelagem de tráfego concentrando grandes hubs no Panamá e na Jamaica, bem como, com a introdução crescente de navios post Panamá”.

O profissional também se destaca a evolução da cogestão da logística entre as indústrias de consumo e empresas de distribuição e varejo: “lenta, mas progressiva nos modelos de CPFR e VMI“.

Revista LogWeb – Nº 107 de Janeiro de 2011