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Outro ponto importante no segmento Compras é a tomada de decisão. Geralmente a escolha do fornecedor é feita apenas com base no custo unitário do item. Tal prática pode trazer vantagens momentâneas, mas comprometer todo o sistema. É preciso levar em consideração, fatores como velocidade e segurança de entrega. Dessa forma, pode-se tomar a decisão com base nas respostas às seguintes perguntas:

  • Quanto vale o tempo de espera e um atendimento mais seguro? Há outro fornecedor mais eficaz, mesmo a um preço maior?
  • É ainda necessário o estoque do fornecedor local? Com as comunicações e transporte aperfeiçoados, não seria possível obter um atendimento tão bom, ou melhor, a um preço menor, através do fornecedor central?
  • Os descontos ou reduções de preço ainda são apropriados para fornecedor ou comprador? Foram estabelecidas arbitrariamente ou sob condições antigas?
  • O produto é sempre entregue em boas condições e no prazo contratado?

3.1.2 – Almoxarifado

Ao receber a mercadoria pedida, a área de suprimentos do cliente está se relacionando diretamente com a distribuição do fornecedor ou com a distribuidora.

Por isso, os efeitos de qualquer medida que agilize a descarga nos depósitos não se restringirão ao âmbito interno da empresa.

Hoje, inclusive, supermercados, indústrias alimentícias e transportadoras estão tentando encontrar maneiras de evitar os longos congestionamentos de veículos às portas dos depósitos. E entre os tópicos em discussão encontram-se adaptação das recepções aos caminhões – com a instalação de docas e plataformas – a modernização da estrutura dos armazéns, a aplicação de métodos de unitização da carga, a padronização das dimensões dos paletes e das informações contidas nas embalagens de transporte – que facilitariam a identificação do produto e os procedimentos administrativos. Para os clientes, como por exemplo, supermercados, tais medidas terão impacto direto no prazo entre o pedido e a venda dos produtos. Para fornecedores e distribuidores serão um elemento de redução de custos, pois reduzirão o tempo de espera do caminhão e, portanto, aumentando sua capacidade de operação. O controle de estoque como parte integrante do almoxarifado, e instrumento gerencial responsável pela integração entre os setores de compras e produção, tendo em vista a compatibilização entre material adquirido e material consumido.

 

3.1.3 – Planejamento de Controle de Produção

Normalmente, na organização administrativa empresarial, o departamento de Administração de Material e Produção, sendo responsável pelo PCP – Planejamento e Controle da Produção, que através da manipulação de dados, elabora os programas de produção.

Os dados normalmente usados pelo PCP são: Previsão de Vendas/ Tempos de processo/ Carga de Máquinas/ Tempo de Setup (troca de ferramenta) / Tempo de parada de manutenção/ Volume de estoques de matéria-prima/ Volumes de estoques de produto acabado.

A moderna administração, dentro de um mercado competitivo, introduziu novas técnicas gerenciais e administrativas que permitem agilizar o processamento das informações e dados, bem como reduzir os tempos de operação e movimentação. Entre eles, as mais utilizadas são: “MRP-Material Resources Planing/ JIT- Just in Time/ Kanban/ FMS-Flexible Manufacturing System/ MPT-Manutenção Produtiva Total/ TQC-Total Quality Control”.

 

Jornal – O Estado de São Paulo – Publicado em 28 de dezembro de 1988

J.G. Vantine – Engenheiro Industrial, consultor, professor especializado em logística, distribuição, movimentação, armazenagem e embalagem. Professor da OEA para América Latina. Diretor geral da Vantine & Associados, empresa especializada em Logística e Distribuição Física.

Diretor Geral da Vantine Consulting, empresa de Consultoria em Logística e Supply Chain Management.