No ambiente empresarial, a Logística começou a tomar forma no início dos anos 50 (Século 20), momento em que universidades americanas (repletas de grandes cientistas de vários países do mundo pós-guerra) e com suas indústrias preservadas (o palco da 2ª Guerra não foi em território dos EUA), iniciou o processo de crescimento acelerado. O Marketing logo virou ciência na academia e aí se incorporou o “P” (Place) e criou-se o conceito de “Distribuição Comercial” e logo virou “Distribuição Física” e nos anos 80 assumiu a mega função empresarial: “LOGÍSTICA”. Na virada dos anos 90 vieram os softwares (como WMS, TMS, ERP) e mais à frente tantas tecnologias que “turbinaram” a Logística. Mas será que funciona mesmo?
I – INTRODUÇÃO
Primeiro é preciso situar a Logística em cada elo das cadeias produtivas (cadeia de abastecimento é outra coisa), começando nas fontes primárias e terminando nos consumidores. É um longo caminho no qual a Logística é aplicada conforme o elo de atuação.
Exemplo básico – Indústria de Consumo
“A” – O ciclo não é tão simples como ilustrado e exige processos logísticos sofisticados, especialmente em “2” e “3”;
“B” – É o início da cadeia logística pipeline e esse elo é o mais “equilibrado sob o prisma da demanda”;
“C” & “I” – É o conjunto de elos (que podem ter melhor desempenho com a Gestão Integrada da Cadeia de Abastecimento / Supply Chain Management), e cada um deles tem sua característica funcional e operacional próprios.
Embora as várias tecnologias em logística se apliquem em todos os elos da cadeia produtiva, é no ciclo “C” & “I” que se exige mais importância de soluções porque envolve duas das principais variáveis que impactam o lucro das empresas:
- ESTOQUE – Equilíbrio para não faltar e não sobrar;
- SERVIÇO AO CLIENTE – Na era da “não fidelidade” esse é o diferencial competitivo, quer seja no B2B ou no B2C. Assim, importante ficar claro o que é LOGÍSTICA.
“Logística é parte integrante da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla de forma eficaz e eficiente o fluxo e armazenamento de bens, serviços e informação relacionada, desde o ponto de origem ao ponto de consumo de modo a atender os requerimentos dos clientes”. Lambert / Stock / Vantine
Dessa forma, é necessário o entendimento que Logística transcende as paredes da simplicidade interpretativa. A complexidade atual e futura, além da amplitude da aplicação de tecnologias e Tecnologia da Informação, observar no diagrama a seguir as interfaces que demonstram o completo Ecossistema.
II – AFINAL, O QUE É TECNOLOGIA & TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO?
Após a definição de Logística, passamos para a Tecnologia onde a etimologia da palavra que vem do grego, deve ser separada em duas partes: “téchne”, que pode ser definido como arte ou ofício e “logia”, que significa o estudo de algo.
Recorrendo ao dicionário Houaiss temos a seguinte definição básica sobre o que é tecnologia.
“1. Tratado das artes em geral. 2. Conjunto dos processos especiais relativos a uma determinada arte ou indústria. 3. Linguagem peculiar a um ramo determinado do conhecimento, teórico ou prático. 4. Aplicação dos conhecimentos científicos à produção em geral …”
O conceito do dicionário não deixa muito claro o que é a tecnologia. Assim, podemos dizer que a tecnologia é o uso de técnicas e do conhecimento adquirido para aperfeiçoar e/ou facilitar o trabalho com a arte, a resolução de um problema ou a execução de uma tarefa específica.
Dessa forma, ela pode ser aplicada em diversas tarefas diferentes – aparecendo em situações que poucas pessoas consideram envolver a tecnologia. O simples aproveitamento dos recursos naturais e a transformação do ambiente ao seu favor, por exemplo, é capaz de ser considerado como um movimento tecnológico.
Segundo “Laudon e Laudon” (2003), “Sistemas de informação são um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam), processam, armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar a tomada de decisões e o controle em uma organização”.
Já Tecnologia da Informação (ou simplesmente TI) é um conjunto de tecnologias utilizadas para o processamento e armazenamento de dados e comunicação entre pessoas e organizações. Com o uso de computadores, softwares, redes, internet e o envolvimento de profissionais especializados, a TI tem como objetivo fazer com que essa atividades sejam elaboradas de forma cada vez mais rápida, inteligente e segura.
Desta forma, Tecnologia da Informação abrange todas as atividades e soluções privadas por recursos computacionais. Tecnologia da Informação é uma área que usufrui da computação para trabalhar com as informações, no sentido de produzir, armazenar, transmitir, ou usar.
Por fim, usamos como referencia o termo Tecnologia utilizado no livro O Dilema da Inovação de Clayton M. Christensen que define:
“… é o conjunto de processos pelos quais uma organização transforma mão de obra, capital, materiais e informação em produtos e serviços de grande valor”.
A seguir um mapa mental que relaciona algumas (nem todas estão aí) tecnologias e sistemas aplicados à logística.
Assim como na Logística podemos entender que os dois maiores processos operacionais são: “Armazenagem e Transporte”, e nos processos de gestão são “Planejamento de Demanda / Estoque” e “Serviços aos Clientes”, na Tecnologia simplificar com o entendimento que TI tem a base científica (exemplo: inteligência artificial), a base tecnológica aplicada (exemplo: I.T) e a base em softwares e aplicativos, como se vê no próximo tópico.
TRANSFORMANDO TI EM FERRAMENTAS E PLATAFORMAS
Até o final dos anos 80 (Século 20) no ambiente da Logística Empresarial só existia o “Mainframe” dominado pela IBM e o primeiro aplicativo em rede foi o “Copix”, nome comercial do sistema MRP – Materials Requeriments Planning da IBM.
Mas a primeira década dos anos 90 houve total ruptura (nada a ver com disruptivo) cultural devido a:
- Substituição do Mainframe pelo PC;
- Interligação dos PC´s via “rede Novell” e outros;
- Uso empresarial da Internet / Integração de Sistemas;
- Introdução da mega plataforma “ERP – Enterprise Resourse Planning” (que ficou conhecido pelo nome da empresa lançadora: SAP);
- Início do uso empresarial da internet.
E para a área de Logística, as primeiras soluções:
WMS- (Warehouse Management System) em inglês e Sistema de Gerenciamento de Armazém em tradução literal, é um software que ajuda a controlar e gerenciar as operações do dia-a-dia em um centro de distribuição. O software WMS orienta o recebimento e armazenamento do estoque, otimiza a coleta e o envio dos pedidos e orienta na reposição do estoque.
No início, os sistemas de gerenciamento de estoque de armazém forneciam funções simples, principalmente informações de localização de armazenamento. Hoje, a amplitude da funcionalidade do WMS pode variar muito, desde as melhores práticas básicas de coleta, embalagem e funcionalidade de remessa até programas sofisticados que coordenam interações avançadas com manuseio de materiais, interação com dispositivos, sensores e robôs além da integração com Inteligência Artificial.
Os bons sistemas devem as seguintes características:
- Orquestração de tarefas (perfis e métricas x tarefas inter-relacionais x prioridades);
- Tarefas preditivas: Armazenamento, Reabastecimento e Transferências;
- Algoritmos avançados de menor caminho;
- Sem Ondas (Waveless);
- Integração com sensores IoT (Internet of Things);
- Apto à Logística (Indústria) 4.0.
TMS – (Transportation Management System) em inglês e Sistema de Gerenciamento de Transporte em tradução literal, é um software que ajuda a controlar e gerenciar as operações do dia-a-dia em um transportador e/ou operador logístico integrado. Um TMS fornece visibilidade das operações de transporte do dia a dia, informações e documentação de conformidade comercial e garante a entrega oportuna de cargas e mercadorias. Os Sistemas de Gerenciamento de Transporte também agilizam o processo de envio e tornam mais fácil para as empresas gerenciar e otimizar suas operações de transporte, sejam elas terrestres, aéreas ou marítimas.
Um TMS ajuda a empresa a selecionar o modo ideal de envio e a melhor transportadora, com base no custo, eficiência e distância, incluindo a otimização de rotas de transportadoras com vários trechos.
Os recursos dos TMS variam amplamente, mas podem incluir comunicação com transportadoras, documentação e rastreamento de remessas e assistência com faturamento e liquidação de frete. Algumas soluções avançadas de TMS também fornecem serviços de rastreamento, permitindo a troca de informações em tempo real entre transportadoras, distribuidores, depósitos e clientes. Geralmente incluem a capacidade de medir o desempenho com relatórios, painéis, análises e inteligência de transporte.
Principais características de um TMS:
- Integração com empresas (B2B) e governo (e-Gov);
- Custos de frete e modal;
- Algoritmos avançados de menor rota integrado com sistema de gerenciamento de risco;
- Apto à Logística (Indústria) 4.0.
INOVAÇÃO OU EVOLUÇÃO?
É comum os profissionais de Logística interpretarem de forma equivocada as duas expressões. A evolução é decorrente de fatores de mercado, como: Globalização, Competição, Influências Políticas e Econômicas, e até mesmo da Ciência. A pressão pela sobrevivência empurra para a continua evolução dos processos operacionais e da Gestão da Logística.
Já inovação é decorrente das diversas tecnologias científicas, das quais de maior impacto na Logística (e no mundo) foi o “casamento do celular com a internet” que o genial Steve Jobs chamou de Iphone. Aí nasceu o mundo mobile. Aí nasceu o mundo digital.
PLATAFORMA DIGITAL
Um dos usos do termo plataforma tem relação com o contexto de desenvolvimento de produtos e da inovação incremental em torno do reuso de componentes e tecnologias. Alguns autores definem que uma plataforma pode ser definida como um conjunto de subsistemas e interfaces que forma uma estrutura comum na qual as empresas podem eficientemente desenvolver e produzir uma linha de produtos derivados destes subsistemas.
Pode parecer um pouco complexo, mas significa que a plataforma é um sistema físico ou virtual que a empresa usa como ferramenta para criar os produtos, e vale destacar que a plataforma em si não é o produto, mas o meio pelo qual os produtos são criados.
Uma plataforma digital ajuda a organizar e disponibilizar todas as informações relacionadas ao processo logístico e transporte, transformando o monitoramento proativo da cadeia de suprimentos em um diferencial competitivo.
Alguns benefícios de usar uma plataforma integrada de informações:
- Acompanhamento remoto e em tempo real o andamento de cada tarefa seja no processo da intralogística seja no processo de entrega;
- Acompanhamento de informações de estoque de produtos, por lote, data de vencimento e data crítica;
- Indicadores de desempenho do nível de serviço em tempo real;
- Assinatura de confirmação de recebimento direto na tela do celular ;
- Foto de comprovação de entrega e/ou registro da ocorrência (POD proof of delivery);
- Tracking And Trace;
- Tempo de descarga por entrega e/ou destinatário;
- Assistentes digitais, frequentemente chamados de chatbots, que oferecem respostas imediatas e conversacionais às informações de remessa, levando a uma maior satisfação do cliente;
- Integração com inteligência artificial.
TENDÊNCIAS DE TI + LOGÍSTICA
TENDÊNCIAS
As crescentes inovações tecnológicas estão causando grandes ondas em todos os setores e a logística e a cadeia de suprimentos pode ser um dos setores mais afetados. Conhecidamente por seu uso intenso de processos manuais e grandes quantidades de dados armazenados de diferentes maneiras e em diferentes lugares, o setor de logística talvez seja o que mais ganhe com a implementação de novas tecnologias e acompanhando as tendências mais inovadoras em tecnologia de Supply Chain e Logística.
A seguir 10 tendências de tecnologia para logística que devem impactar os segmentos de logística, transporte e armazenagem:
- 5G – Conexões móveis de altas velocidades. Necessário para conectar todos os equipamentos.
- IoT (Internet of Things) – Muitos dispositivos conectados à internet. Temperatura, umidade, etc.
- 3D Printers – Impressão 3D pode mudar muita coisa. Makers fazendo EPIs durante a pandemia. Pode mudar muita coisa no setor de logística com estoques e transportes.
- Goods To Person – Goods-To-Person Automated Guided Vehicle usados na separação de pedidos nas operações internas dos centros de distribuições
- IA (Inteligência Artificial) – Inteligência artificial pode automatizar (ações) processos de armazém e transporte
- Data Science – Produção de Insights aliados ao Machine Learning para gerar previsões
- Cloud – Escalabilidade, agilidade e competitividade
- Wearables – Utilização de equipamentos vestíveis nos processos realizados nos centros de distribuição acelerando e as tarefas.
- Blockchain – Solução para problemas de confiabilidade de informação e rastreabilidade.
- Indústria / Logística 4.0
Indústria 4.0 é um conceito de indústria que engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura e Logística. Assim, preferimos chamar de “Revolução 4.0”, e dar a devida abrangência ao termo, que transcende e ultrapassa os muros da manufatura em si.
Os princípios para o desenvolvimento e implantação da Indústria 4.0 que definem os sistemas de produção e Logística inteligentes que tendem a surgir nos próximos anos.
- Capacidade de operar em tempo real;
- Virtualização;
- Descentralização;
- Orientação a serviços;
- Modularidade;
- Internet das coisas (IoT);
- Big Data Analytics;
Segurança.
LOGÍSTICA
Voltando ao diagrama inicial, em todos elos a Logística apresenta soluções mais apropriadas objetivando principalmente:
- Plena segurança de pessoas e processos;
- Total controle dos KPI´s de gestão;
- Contínuo aumento dos níveis dos SLA´s;
- Maior equilíbrio na relação “Custo x Serviço”;
- Maior grau de certeza na Gestão de Estoque total versus “Stock out / Ruptura”
Em especial no elo que engloba as transações B2C e C2C (erradamente chamado de last mile), a analise de tendências indica que a Logística será o único diferencial competitivo tendo em vista a velocidade de transformação no E-Commerce e no Digital Retail e a criação do Modelo de Negócio já definido como Marketplace, e introdução de milhares de Sellers e quase “infinita” quantidades de SKU´s.
Essas empresas estão suportadas em plataformas financeiras digitais (Fintech) e rapidamente transformando em empresas de múltiplos serviços. Muitas mudanças, muito rápidas e deixando de lado o Cliente Tradicional de compra de mercadorias.
E PORQUE NA PRÁTICA A TEORIA É OUTRA?
Essa é uma expressão muito usada em vários ambientes e mostram que muitas coisas que idealizamos não funcionam.
Na área da tecnologia digital se usa um jargão: “Errar logo, corrigir depressa”. Aí está a fonte do problema. De fato, na Logística dispomos de inúmeras ferramentas, aplicativos, plataformas criadas nos últimos 10 anos, não por especialistas em Logística, mas por especialistas em programação ou ciência da computação. Numa comparação simplista, como se o piloto de avião fosse também seu projetista, e vice versa. Mas tal qual na aeronave em voo, na Logística não pode ter erro.
- Porque previsão de vendas não funciona?
- Porque tem ruptura de estoque no ponto de vendas?
- Porque redes de varejo mantem estoques equivalentes até 20% (em valor) das vendas anuais?
- Porque nas compras pela internet o prazo de entrega sempre é imposto pelo fornecedor (ou indica entrega até dia “x”, ou indica entrega entre os dias “x” e “y”).
As duas principais causas são:
- Projeto Logístico mal elaborado e mal gerenciado;
- Contratação de parceiros de entrega mal selecionados sem integração de sistema de Tracking & Tracing.
CONCLUSÕES & RECOMENDAÇÕES
CONCLUSÕES
Hoje, o papel da TI aplicada à Logística é decisivo. As empresas estão cada vez mais adotando sistemas avançados, como WMS, TMS e uma série de aplicativos satélites que somados criam um ecossistema poderoso de ferramentas e informações para a gestão da informação e da cadeia logística.
A cadeia de suprimentos está cada vez mais complexa com fornecimento internacional, cadeias de longa distância e um grande foco em resposta rápida e controle de custos. As habilidades de TI são cada vez mais um requisito para trabalhar com essas questões.
Tudo depende do nível de integração logística, mas é sempre crítico para o seu sucesso, devido à necessidade de integrar sistemas diferentes. O desafio é bastante alto e o processo de TI, basicamente, ditará o resultado. Não há integração logística sem TI.
Claro que existem muitos outros fatores, como treinamento, bons procedimentos, suporte de gestão e principalmente pessoas. O capital intelectual é fundamental nesta transformação, mas inclusive esses elementos podem e devem ter seu papel potencializado pela TI.
O capital intelectual é a soma de tudo o que um indivíduo sabe. Em termos organizacionais, o maior patrimônio de uma organização são as pessoas, ou seja, são os conhecimentos que elas trazem em suas mentes. Este capital intelectual não é físico e não pode ser visto, mas está transformando rapidamente o mundo dos negócios. Isto significa que ter as pessoas certas e saber aplicá-las, mantê-las é vital para as organizações de hoje e de amanhã.
A revolução tecnológica na logística é um caminho sem volta, cujo impacto vai além das áreas de tecnologia e telecomunicações. Esta é uma revolução global que molda a forma como as pessoas interagem com o mundo, da vida pessoal aos negócios. As demandas e exigências dos clientes aumentam, obrigando fornecedores a migrarem para um modelo digital de negócios. Sendo assim a verdadeira Revolução 4.0 é uma revolução cultural e de modelo de negócios.
RECOMENDAÇÕES
O foco deste trabalho é direcionado aos profissionais de Logística independente em qual elo, em qual categoria de empresa está trabalhando.
- Entre a Teoria e a Prática, fique com as duas. Esta faltando fundamentação teórica para a maioria dos profissionais;
- Evite aplicação direta de soluções no ecossistema onde atua (normalmente o que funciona nos EUA não funciona no Brasil);
- As pregações (tipo papagaio) de Mindset Digital é para o profissional de TI porque o de Logística tem que ter Mindset Top Service. Cada um no seu papel.
E mais: formar uma dupla evitando a tecnologia gerar sistemas sem conhecer processos, e a Logística gerar demanda sem entender o grau de dificuldade de desenvolvimento e aplicação;
- Entenda que o varejo digital lida com “entrega” e não deve ser tratado como last mile (prefiro o último elo) porque só tem essa. A recomendação absoluta é usar a tecnologia a favor do cliente: No ato da compra (transação financeira) a Logística deve estar preparada para oferecer “data” e “intervalo” de horário. Isso é diferencial;
- Muitas aplicações da Tecnologia em Logística são “balão de ensaio” mercadológico. Cuidado com essas soluções;
- Solução como drone e veículo autônomo são uteis em processos produtivos específicos como na exploração mineral, na produção agrícola e pecuária que já demonstram êxito nas fazendas e nas minas;
- Existem soluções de tecnologias excelentes para a Logística, mais inviáveis no Brasil, como: a “Roteirização Dinâmica” atrelada a entrada de pedidos, uma vez que em regra um veículo de carga só circula com Nota Fiscal e Conhecimento. Tem que ter destinatário.
- Na relação B2B, o Brasil é um país relativamente simples para montagem do footprint, mas havendo necessidade de alteração da malha (ou rede) Logística precisa correlacionar variáveis geográficas – mercadológicas com a política de estoques e a política de serviços aos clientes.
- Se a empresa vai utilizar a mesma malha para B2B e B2C, cuidado absoluto para não haver contaminação das variáveis. Use a tecnologia a favor de inteligência logística.
- Utilize o modelo Ágil para projetos, porém antes, entenda-o.
- O Modelo Ágil deixou a gestão burocrática para trás e resolveu criar seus próprios sistemas de trabalho, muito mais rápidos, flexíveis e dinâmicos – como pede a tecnologia e o mundo competitivo.
- Ciclos curtos com entregas constantes, desenvolvimento incremental e melhoria continua, são bem melhores que o modelo waterfall mas não é “One Size Fits All”.
- Omnichannel não é apenas “retire na loja”
- Ser digital é mais sobre mindset. Breve relato pessoal. Certo dia ao retornar para casa minha esposa me ligou pedindo que a pegasse para ir ao supermercado. Pediu que assim que chegasse em casa que eu ligasse para ela poder me encontrar (pensamento analógico). Três dias após, ocorreu a mesma coisa com minha filha (13), assim que eu disse “quando chegar eu te aviso”, ela disse: “Papi, habilita o share location do WhatsApp, assim quando você chegar eu estarei lá. Bom para mim, bom para você.” (pensamento digital).
Referências
- LOGISTICS AND SUPPLY CHAIN MANAGEMENT – Martin Christopher (Person Education Limited / London);
- LOGISTICAL MANEGEMENT – Donald Bowersox (McMillon Publishing Co. Inc. / New York);
- ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA DA LOGÍSTICA – Douglas Lambert, James Stock e JG Vantine (Edição em português / Vantine Consulting);
- EMBRACING INDUSTRY 4.0 AND REDISCOVERING GROWTH (BGC); O DILEMA DA INOVAÇÃO – QUANDO AS NOVAS TECNOLOGIAS LEVAM EMPRESAS AO FRACASSO (Clayton M Christensen)
- THE PHOENIS PROJECT: A NOVEL ABOUT IT, DEVOPS, ANDA HELPING YOUR BUSINESS WIN – Gene Kim, Kevin Behr, George Spafford
- SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS, Kenneth C. Laundon, Jane P. Laundon;
- IT STRATEGY: A 3 – DOMENSIONAL FRAMEWORK PLAN YOUR DIGITAL TRANSFORMATION AND DELIVER VALUE TO TYOUR ENTERPRISE – Jim Maholic;
- ÁGIL DO JEITO CERTO: TRANSFORMAÇÃO SEM CAOS – Darrell Rigby, Sarah Elk, Steve Berez;
- THE FOURTH INDUSTRIAL REVOLUTIONS – Klaus Schwab;
- IoT: COMO USAR A “INTERNET DAS COISAS” PARA ALAVANCAR SEUS NEGÓCIOS – Bruce Sinclair
Revista Mundo Logística – Ano XIV – n°79 – dezembro 2020