VIVENDO A LOGÍSTICA

“INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA VERSUS MEIO AMBIENTE”

Se fosse hoje o Presidente JK não teria construído Brasília. Imaginem o licenciamento ambiental para o desmatamento do cerrado e para construção do lago Paranoá. Agora, imaginem a “gritaria” dos tais ambientalistas, as dezenas de ONGs (muitas delas profissionais e de proteção a pequenos grupos econômicos) e a reação dos povos indígenas!

Existem algumas verdades intocáveis, como:

1. O Brasil possui uma das mais exigentes leis de preservação do Meio Ambiente;
2. Tirando algumas interferências políticas, o IBAMA, e como um todo, o Ministério do Meio Ambiente, possuem quadros técnicos competentes e fiéis cumpridores da lei;
3. É impossível construir qualquer infraestrutura Logística sem impacto ambiental, assim como não existe possibilidade de crescimento da economia e nem o desenvolvimento do Brasil sem a correspondente infraestrutura;
4. A maioria dos cidadãos e das ONGs confundem preservação ambiental com a teoria da compensação ambiental;
5. Com base na legislação, na seriedade dos órgãos licenciadores, e com a lupa da mídia, é praticamente impossível a emissão das licenças (LP, LI, LO). Tudo bem que na era do “Imperador” Lula e da “Dimentira” e dos chamados “Ali Babá e os 40 Ladrões” (dito por Ministro do STF sobre o mensalão), o incentivo para descumprir as leis tem sido intenso. Mas estamos de olho!

Portanto, com base nesses princípios, abrir Estradas, construir Ferrovias e Portos constituem em necessidades para que a Logística seja competitiva facilitando o desenvolvimento do Brasil. Expansão Logística, desenvolvimento e preservação ambiental não são excludentes.

Na nossa área, o assunto da semana foi a construção de uma nova ferrovia para atender o chamado “Projeto Porto Sul”, empreendimento da Bamin (Bahia Mineração), que deverá ligar a região de Figueirópolis, no Tocantins, até Ilhéus, no sul da Bahia, onde se pretende construir o Porto privado na região da Ponta da Tulha.

Do ponto de vista lógico, o minério a ser extraído em Figueirópolis deveria ser transportado pela FCA (Ferrovia Centro Atlântica) que passa a 50 km da mina, utilizando-se do Porto de Aratu próximo a Salvador. No entanto, a Bamin argumenta que este Porto tem apenas 12m de calado, e para o transporte marítimo será necessário 21m.

Se isto é verdade (e cabe aos órgãos responsáveis esta avaliação), só existem duas alternativas:

1. Os órgãos licenciadores não aprovarem o projeto da Ferrovia e do Porto, ou
2. Estes mesmos órgãos aprovarem esses dois projetos, condicionando-os à compensação tanto do desmatamento da Mata Atlântica (por exemplo, obrigando ao plantio de 100 vezes a área que seria utilizada) e do impacto resultante da mitigação habitacional.

Tudo isso pode e deve ser discutido, não através da mídia ou de ações não muito claras das ONGs, mas através da constituição de um foro multisetorial que poderia ser conduzido pelo próprio IBAMA.

Concluo que ao mesmo tempo em que a Gestão Logística é o principal diferencial competitivo, a infraestrutura Logística é o principal gargalo para o crescimento do país.

JG Vantine


PONTO DE VISTA

RODOANEL SUL
NÚMEROS / VERDADES / MEDOS / GANHOS

Com seus 57 km de extensão, mais 4,4 km de ligação com Mauá, num total de 61,4 km, duas pistas, com três e quatro faixas de rolamento, obras de arte especiais – 34 pontes, viadutos, o RODOANEL SUL completa seu 1º. mês de operação.

Verdades – Usuários estão satisfeitos por poderem percorrer o trajeto que chega a 61 km em 1 hora, ao contrário das quase 4 horas que anteriormente gastavam, fora o estresse e a falta de previsibilidade da duração da viagem

Medo – A reclamação atual do RODOANEL SUL é quanto à segurança. São trechos “abandonados”, que fazem com que os usuários prefiram se utilizar de outras rodovias, em períodos noturnos, ou mesmo atravessarem pela cidade de São Paulo, o que é um verdadeiro absurdo. Mas todas as vantagens do RODOANEL SUL são afastadas pelo medo.

Contrariamente desde sua operação o RODOANEL OESTE, sempre foi uma alternativa considerada, sem registros de acontecimentos como o que estamos vivenciando com o RODOANEL SUL.

Quem não se lembra das ocorrências da atual Airton Senna – antiga Rodovia dos Trabalhadores. Quem um dia poderia pensar que ela foi um dia uma Rodovia abandonada, escura, e sem policiamento?

As mesmas reclamações da Rod. Airton Senna, estão sendo apresentadas no RODOANEL SUL, caminhoneiros foram atingidos por pedras jogadas de cima do KM 29 (conforme matéria do Jornal O Estado de São Paulo de 03/05).

Sem duvida nenhuma não dá para prever quando, mas que a opção do RODOANEL SUL será cada vez mais preferida, e utilizada, isto é fato.

Faltando somente os trechos NORTE e LESTE, segundo estudos do DERSA, os congestionamentos gerados pelo tráfego de passagens de caminhões em São Paulo provocam um desperdício de 1,5 bilhão de litros de combustível por ano, e que o RODOANEL aliviará 38% do tráfego de caminhões na Av. dos Bandeirantes e 43% na Marginal Pinheiros.

Vamos acompanhar esta evolução e os manteremos atualizados, portanto não percam nossas próximas edições.

Conheça os quatro trechos do Rodoanel

Clique fazer o download.

Fonte: Revista Rodovias&Vias, março/2010

Sandra Barbosa
VANTINE SOLUTIONS

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