VIVENDO A LOGÍSTICA

ANÁLISE DE TENDÊNCIAS DA LOGÍSTICA – 1998

Na edição nº. 54 da nossa Revista Logística Modernapublicamos a matéria no link abaixo que merece uma avaliação, até porque estamos há dez anos depois. Será que as previsões acontecem como a gente imagina? Senão por quê?

Bom Proveito!

Matéria – Revista Logística Moderna

J.G.Vantine


PONTO DE VISTA

LOGÍSTICA: RELAÇÃO ENTRE GESTÃO E INFRA-ESTRUTURA

Uma das funcionalidades mais importantes da Logística é o gerenciamento da relação entre Gestão de Estoques x Nível de Serviços x Distribuição Física. De forma simplificada, isso significa colocar em prática o velho chavão “O produto certo, no lugar certo e na hora certa”. Claro que isso não é novo, porém assume hoje importância capital, principalmente devido aos fatores: Alta competitividade l Compreensão dos Custos l Compreensão de Inventário para retaguarda da cadeia l Alta Tecnologia da Informação.

Vejo que grande parte das empresas industriais usando malha própria ou de terceiros, via integradores ou empresa de transporte, se deparam com grande dilema: como encontrar o ponto de equilíbrio entre Custo de Inventário l Excelência de Serviço l Custo de Entrega. De fato não é uma equação simples, principalmente porque possuem variáveis e são gerenciadas por diferentes setores da organização, por exemplo:

  • Quem define Política de Serviços? Área Comercial/Mercadológica;
  • Quem define Política de Estoques? Planejamento Operacional com base no Planejamento de Vendas;
  • Quem define Custo de Inventario? Área Financeira;
  • Quem modela a Distribuição Física? Área de Logística.

Portanto a Logística não está configurada como funcionalidade de gestão, mas sim de operação.

Por outro lado, cabe a ela definir a sua malha otimizada que significa a matriz origem – destino ligando principalmente: Fábricas l Centrais de Distribuição ou Depósito de Produtos Acabados l Clientes. Especialmente no que se refere na localização existe uma intenção com a Infra-estrutura Viária, essa de responsabilidade do poder público ou seus concessionários. E aí reside um outro problema que é a grande dificuldade para que novas instalações para operação Logística sejam construídas ao longo das rodovias, principalmente nas áreas lindeiras aos grandes Centros que a exemplo de São Paulo cada vez coloca mais restrições de circulação de veículos de carga. E consequentemente levando para as rodovias os grandes veículos e as grandes instalações de Centrais de Distribuição. Acontece que ao buscar uma solução junto aos órgãos regulamentadores a “coisa emperra”, porque os técnicos e executivos públicos não têm a percepção de que estradas do passado são elos de distribuição de pessoas e mercadorias, daí sendo necessário a compreensão para a rápida liberação dos acessos as rodovias.

E por final fica um alerta o Custo Logístico, mais Custo de Distribuição no Brasil está em linha ascendente, embora possua ótimas oportunidades para redução.

J.G. Vantine

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