VIVENDO A LOGÍSTICA

VIAGEM TÉCNICA À  EUROPA – PARTE 2

Retomando a nossa vivência de ,partimos de Londres em direção a Paris, sendo que a França apresentava uma logística mais próxima da realidade brasileira. Anteriormente, eu já havia estado na França, em função de contatos que fiz a partir do editor da revista LOGISTIQUES MAGAZINE.

Durante essa estada na França, estabeleci estreitos contatos com a ASLOG – France – Association Française pour la Logistique, cujo presidente, Monsieur Dennys Lauriette, já havia trabalhado na Rhodia em São Paulo. Tornei-me membro associado da entidade e, através dela, tive a oportunidade de aprofundar conhecimentos sobre a evolução da logística na França, o que me permitiu organizar futuras missões à Europa.

Uma segunda entidade francesa com a qual mantive relacionamento a partir de 1991 foi a IFTIM – Instituto Francês de Transporte e Movimentação, fortemente dedicada ao desenvolvimento de programas de treinamento. Ressalto que, naquela oportunidade, não havia rádiofreqüência, nem internet, e portanto o foco era eminentemente operacional, com destaque para os estudos de otimização do processo operacional de centrais de distribuição, com larga utilização de transelevadores.

O ponto de destaque em 1991 na França é oCUSTOMER SERVICE, ou seja, todas as empresas estavam fortemente direcionadas ao diferencial competitivo do SERVIÇO AO CLIENTE. E isso tinha uma razão muito especial: o início efetivo da competição dentro da CEE – COMUNIDADE ECONÔMICA EUROPÉIA. Estávamos no início de uma mudança histórica e profunda na relação comercial entre as empresas, e a expansão geográfica rompeu as barreiras das fronteiras dos paises.

NASCIA NA PRÁTICA A RELAÇÃO RECEPTIVA ENTRE LOGÍSTICA E SERVIÇO AO CLIENTE.

J.G. Vantine


PONTO DE VISTA

JUST IN TIME É POSSÍVEL NO BRASIL?

No programa Brasil Logística e Transporte da semana passada, nós tivemos uma entrevista com um representante de uma universidade, afirmando que no Brasil não é possível praticar o JUST IN TIME. No entanto, eu, pessoalmente, não concordo, e tenho a liberdade de não concordar, porque eu vi nascer o JUST IN TIME, quando, em 1985, tive a chance de conhecer Taiichi Ohno, que foi diretor da Toyota e criou o sistema Toyota de manufatura, mais conhecido comojust in time. Conheci dele, da origem, o pensamento inicial. Embora o just in time tivesse nascido dentro de um contexto de ressuprimento contínuo, o Brasil já opera o just in time seqüenciado pela indústria de automóvel há muitos anos, há mais de 20 anos.

E hoje nós podemos falar muito mais em DELIVERY ON TIME praticamente do que de JUST IN TIME, pois estamos muito mais aplicando o tempo de ressuprimento na distribuição do que propriamente no suprimento. Isso tem sido uma constante, e quero dizer mais: acredito e quero passar pra você profissional, que está analisando, estudando, que é possível sim praticar o JUST IN TIMEou DELIVERY ON TIME em condições dessa natureza,e cito como exemplo: empresa de varejo localizada na região Sudeste que pratica o just in time com a indústria de eletroeletrônico de Manaus estando a 10 ou 12 dias, dependendo do modal e da distância aqui de São Paulo.

Portanto, observe bem, mas eu sugiro a você: vá na fonte e verifique este livro, que você encontra em qualquer livraria, chamado “Sistema Toyota de Produção”, conhecido como JUST IN TIME, cujo autor é Taiichi Ohno, QUE FOI QUEM CRIOU O JUST IN TIME.

J. G. Vantine