VIVENDO A LOGÍSTICA

LOGISTECH´88

Através dos séculos, o desenvolvimento dos países esteve intimamente ligado à comercialização, desde as economias primitivas como a pesca e agricultura, até o complexo mundo, marcado pela integração global e alta tecnologia.

Nações como Creta e Fenícia, no passado, e Estados Unidos e Japão, no presente, são exemplos marcantes da conquista comercial e econômica. E nesses exemplos encontramos, como fator de maior importância, a capacidade de produzir e transportar mercadorias, ficando evidente que a logística sempre esteve ativamente ligada à economia e à administração geral.

Na história da humanidade sempre existiram grandes fatos marcantes que determinaram as evoluções ou transformações, quer na área cultural, social, econômica ou tecnológica. Assim, destaca-se como fato marcante na Logística a 2º Guerra Mundial, a partir da qual a Logística tomou os contornos da “arte e da ciência do fluxo de materiais”, embora o surgimento da palavra de origem francesa (LOGER – abastecer), tenha ocorrido em meadas do século 19 no exército da França.

A aplicação das técnicas de Logística nas atividades industriais, comerciais ou de serviços se tornou cada vez mais profunda e fundamentalmente responsável pelo crescimento dos mercados cada vez mais exigentes, competitivos e de alcance geográfico limitado à total extensão do nosso planeta.

Suprir, Produzir e Distribuir são os vértices de um triângulo eqüilátero, que determinam o equilibro do sistema Logístico:

Suprimentos, exigindo novas técnicas de Planejamento e Controle, de forma a encontrar o caminho econômico e eficaz do mínimo estoque para a máxima segurança.

Produção, correndo atrás de tecnologias de processo e gerenciamento, que permitam atender às exigências de maior qualidade e menor preço, colocado pelo mercado consumidor.

Distribuição, necessitando de métodos mais eficientes de movimentação melhores planejamento de armazenagem, embalagens mais adequadas, bem como melhor adaptação dos meios de transporte.

LOGISTECH BRASIL’ 88 integrou estas três atividades com suas respectivas áreas de abrangência, pelos quinze módulos que compuseram o programa de conferências, de modo a permitir a visão sistêmica total, que contribuiu para o crescimento profissional dos participantes.


PONTO DE VISTA

INFORMAÇÃO E LOGÍSTICA

A evolução da Tecnologia da Informação continua preocupando e surpreendendo.

Nas empresas, a preocupação com TI tem amplo espectro. Expectativas e desafios muitas vezes se confundem, porém, um assunto comum como potencial de racionalização é a captura eficaz de dados. Hoje, o que temos é eficiência – elevada, às vezes elevadíssima; a eficácia, nem sempre.

A captura de dados tem esbarrado nas filas dos Supermercados, e até nas filas dos bancos. A necessidade passa pelos teclados de todos os escritórios, de todos os digitadores e, acredite, até de alguns Call Centers. Recentemente surgiram filas mais modernas como, por exemplo, a fila de inclusão de crédito para bilhete de ônibus (integração).

Muito tem sido feito e o processo não pára. O Smart Card, por exemplo, está consagrado (até alternativa melhor aparecer) como um meio de registro de dados racionalíssimo, e seu uso em Transponders tem conferido eficiência em muitos processos de diversos segmentos ou indústrias.

A tendência com o Smart Card é de que possamos ter, em um único cartão, o controle de diversas contas de nosso dia-a-dia. Assim, ainda detemos o controle, porém, há muitas situações em que precisamos controlar elementos que estão sob nossa responsabilidade, ou são elementos de processos que precisam ser mais ágeis.

As filas são gargalos dos processos (nos quais gargalos sempre existirão), pois, quando eliminados em um ponto, geralmente reaparecem em outro – evidentemente dentro de um quadro de melhores resultados.

RFID (Radio Frequency Identification )/EPC (Eletronic Product Code) é um binômio que, certamente, eliminará muitas filas, devido à agilidade da captura de dados. Aumentará a agilidade dos processos e poderá estar associado a qualquer coisa que se queiram controlar, como produtos, equipamentos, e há quem pense e quem queira colocá-los até em seres humanos.

Preferimos entender este recurso como um elemento que contribuirá na agilidade de controle nos processos, para que os veículos, equipamentos, produtos parem menos – seja nas filas dos Supermercados, nas Lojas e Centros de Distribuição, nas divisas, nas balanças rodoviárias, nas blitzes policiais.

Em suma, Logística não se faz com restrições e sim com movimento.

CBMarra

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