VIVENDO A LOGÍSTICA

PARCERIA E ALIANÇA ESTRATÉGICA: ISSO É POSSÍVEL?

Mesmo nos dias atuais é difícil encontrar respostas para esta pergunta. Imagina então fazê-la em outubro 1993! Era esse o meu desafio naquele momento quando na condição de coordenador do Comitê de Logística da ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados e ALAS – Associação Latino Americana de Supermercados, já apresentava a tese da integração logística entre fornecedores e supermercados.

Na virada dos anos 90 a literatura americana lançava o conceito WWW, e não se referia à internet, até porque não existia, mas sim como a síntese de “WIN-WIN-WIN” que consistia na tese em que na relação FORNECEDOR/VAREJO/CONSUMIDOR todos diziam ganhar. Claro que foi uma teoria extensa com mérito inicial que nada resultou na prática, porque com a relação “ganha-ganha” acabou sendo atropelada pela inelasticidade e inflexibilidade das relações comerciais, sempre imperiosas sobre qualquer iniciativa de melhorias de processos principalmente na área de logística.

No entanto, vivendo aquele momento em 1993, defendia essa tese por acreditar que sobre os interesses comerciais poderia haver a inteligência em demonstrar resultados. E assim dentro de uma seqüência de palestras em várias capitais do Brasil e algumas na América Latina, coloquei o tema em debate em Montevidéu no 1as Jornadas de Supermecadismo del Uruguay promovida pela Asociacion Nacional de Supermercados.

Fica aí o registro histórico porque certamente nos momentos atuais muita gente pensa ainda que a primeira iniciativa nesta direção tenha sido ECR.

Folder do Evento

J.G. Vantine.


PONTO DE VISTA

A LOGÍSTICA NA DEMOCRATURA

Democratura não é uma palavra contida nos dicionários, é uma simbiose de democracia e ditadura, e na minha visão representa o tal socialismo polivariano ou socialismo do século 21 propagado pelo Presidente/Ditador Hugo Chaves da Venezuela, formado pela mesma escola do Presidente Lula de vários membros da alta cúpula do Governo Federal. Enquanto o presidente Lula anuncia ampliação de investimento no “Social” ampliando o valor do bolsa família, e a partir do próximo ano a ampliação da idade até 17 anos para adquirir direito a esse “investimento”, do outro lado não se vê investimento na infra-estrutura de logística como ficou demonstrado na segunda conferência que tratou desse tema no dia 04 de setembro.

Qualquer livro de macro economia mesmo que seja do século 19 mostra que a melhor estratégia de Governo é o investimento na geração de renda, através de geração de empregos. Empregos que se originam no investimento em produção, mas produção só existe se houver consumo e consumo só se consolida quando existe logística, e a logística não existe se não houver operação de transporte e finalmente essas não existem se não houver investimento em infra-estrutura.

Está mais do que claro que na estratégia de perinização do PT no governo inclui “esse investimento social”, porque eles que darão os votos. Estradas, ferrovias e portos não dão votos, embora gerem renda e empregos. Para 2008 o governo irá consumir R$1.4 bilhões nesse programa “sócio-eleitoreiro” enquanto a maioria dos projetos PNLT e do PAC continuam travados e travando a logística no Brasil.

A FIESP deveria acrescentar no seu “grito de guerra”CANSEI, movimento contrário à prorrogação da CPMF, também o manifesto do grito de revolta com a atual ditadura democrática que eu chamo de democratura.