VIVENDO A LOGÍSTICA

LOGISTECH´88

Nesta edição, quem conta um pouco do momento vivido no LOGISTECH´88 é oSr.Michel Alaby, Presidente da ADEBIMque teve participação certa no sucesso deste evento que marcou o início de uma nova era na Logística:

“Tivemos o imenso prazer de participar do evento LOGISTECH´88. Na oportunidade, abordamos o tema – Mercado Externo – O Desconhecido Mundo das Exigências das Embalagens para os Produtos Brasileiros. Muitos pensam que logística significa transporte interno e externo, entretanto a função logística envolve desde a comunicação com o consumidor até a entrega e a assistência técnica dos produtos e serviços oferecidos”.

Praticamente, naquela época, alertávamos os especialistas e as empresas dos problemas decorrentes da má comunicação do produto ou do serviço com o consumidor.

Nos dias atuais, a logística é função principal da globalização de mercados para consumidores cada vez mais exigentes.

Devemos continuar realizando eventos para desmistificar a logística interna e externa no cenário nacional, para tornar as empresas cada vez mais competitivas e livres das variáveis políticas e econômicas do Brasil”.


Continuamos na próxima edição.


PONTO DE VISTA

O PARADOXO BRASILEIRO

No dia de hoje toda imprensa nacional está noticiando e comentando os resultados do desempenho econômico brasileiro de 2004 com destaque especial para o crescimento do PIB que ficou em 5,2%. Olhando um pouco mais atentamente verificamos que o grande salto se deu no 1º.Trimestre de 2004 com 7,3% e depois como decorrência dos sucessivos arrochos da política do COPOM, fechou o 4º trimestre com 1,7% com uma notável desaceleração da economia.

Este comportamento inibe e muitas vezes impedem qualquer planejamento expansionista com visão de futuro superior a seis meses, pois o tratamento macro econômico brasileiro assemelha-se ao de um ser humano possuidor de uma doença crônica sobrevivente de medicamentos que o impossibilitam de maiores avanços pessoais.

Por outro lado, também na data de hoje,o Governo comemora a marca de 100 bilhões de dólares em exportações, realmente um fato memorável. Mas na teoria do Paradoxo da Gestão Federal, do outro lado da Esplanada dos Ministérios, o Ministro do Planejamento determina cortes no orçamento da União para 2005, sendo que o maior prejudicado foi o Ministério dos Transportes que teve um corte de 40% do total previsto para o ano, sendo que pouco mais de 500 milhões de reais estão destinados a Investimento.

Ora, como ampliar as exportações com os já conhecidos gargalos da Infra-estrutura, principalmente do transporte Rodoviário e do transporte Ferroviário, sendo que sabemos que a iniciativa privada tem feito seu papel. E o que falar então da Infra-estrutura Portuária?

Recomendo que se aproveite um pouco deste dinheiro para construir uma ponte ligando lado a lado o Ministério do Planejamento, o Ministério das Indústrias e do Comércio, o Ministério dos Transportes e o Ministério da Fazenda, pois certamente não falam a mesma língua e não planejam o mesmo país.

Pobre da Logística Operacional que mais uma vez vai pagar pelos prejuízos. E depois não pode reclamar que o produto brasileiro (com exceção do tradicional minério, do tradicional produto agrícola, da carne do boi e da carne do frango) não tem preço competitivo no mundo irreversivelmente globalizado.

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